Além do apelo ao consumo, há um forte apelo, quase uma imposição de que seja uma época de festa, de alegria e de abundância para todos. Nem todo mundo consegue estar com este ânimo e corresponder ao esperado, por inúmeras circunstâncias. Há que se pensar também o que realmente é importante para cada indivíduo, pois a felicidade pode ter diferentes significados.
Quando o ano aproxima-se do final é comum fazer um balanço do que transcorreu, assim explica-se o porquê da melancolia de alguns, pelas perdas sofridas, lembranças tristes, pela não superação de obstáculos que surgiram por não realizar planos previamente traçados, por expectativas com relação ao futuro.
Faz-se necessário respeitar o sentimento de cada um e procurar auxiliar, se possível for e esperar que o tempo passe. A exigência de consumo, de alegria e de festa pode tornar as pessoas mais frustradas por não conseguirem corresponder.
Em contrapartida é difícil para outros aceitarem que a época pode ser de simplicidade e não de luxo, de gastos excessivos e presentes caros. Desfrutar da presença de familiares, de momentos de tranqüilidade, união, paz de espírito, tão em falta nos dias de hoje é por si só um bom presente, assim como rever pessoas queridas , comemorar o fato de ter uma família, um lar, saúde, alimento, conforto, emprego, amigos é uma boa justificativa para se sentir muito bem não só na época de Natal e entrar o novo ano agradecido e com esperança.
Este tipo de postura ou de leitura da própria vida serve para fortalecer espiritualmente,assim evitando só lamentar o que não tem, procurando encarar de maneira positiva a realidade.
Como se encerra o ano, o que dá idéia de fechamento de um ciclo, para muitos é sinônimo de festa, alegria, descontração e liberdade isto tudo induz à idéia de recomeço, de renovação, de esperança no novo, de mudança para melhor e expectativa de felicidade. Pois que cada um procure ser, a seu modo, porém respeitando o jeito e os sentimentos alheios, além de não esquecer as precauções sempre necessárias, como evitar excessos no consumo de bens em geral, na ingestão de bebida alcoólica, no transito e até na alimentação. Moderação e equilíbrio são importantes e não fazem mal.
Que não esqueçamos de renovar em nós os melhores sentimentos, como a paciência, a tolerância, generosidade, solidariedade, fraternidade, gratidão e muito amor. Nesta partilha são afastados sentimentos negativos, tais como ciúme, inveja, tristeza, rancor, mágoa, pois há despojamento do supérfluo e abertura para o que é essencial e verdadeiro, oportunizando uma troca muito positiva, que acolhe o outro com intuito de proporcionar o melhor para cada um.